Não conheço os dados, mas certamente dezenas de novos blogs de cinema surgem todos os dias na internet. A maioria, claro, é vencida pela maldição dos três meses (estatísticas mostram que a vida da maior parte dos blogs não passa disso), mas outros acabam ganhando certo destaque - que pode ocorrer por várias razões, não obrigatoriamente em função da qualidade do conteúdo. Não é fácil escrever (bem) sobre Cinema, e talvez seja mais difícil ainda identificar se a aceitação do que se escreve é real ou não.
Quando criei o Cinema Sem Erros, a ideia era ter um espaço pessoal onde pudesse colocar em palavras algumas ideias sobre Cinema que eclodiam em minha mente. A origem do nome, aliás, baseava-se na ideia de discussão saudável e inteligente sobre cinema, uma vez que, munido de boa educação e bons argumentos, opiniões divergentes nunca estariam erradas.
Entretanto, por mais que eu leve muitíssimo a sério este ambiente virtual, a ambição de transformá-lo em uma empreitada profissional não é algo que me apetece no momento. Sou sincero em confessar que não tenho maturidade, conhecimento e experiência suficientes para dedicar-me a fundo a isso. Aliás, se existem coisas das quais me orgulho no trabalho que desenvolvo por aqui são o amadorismo consciente, o pé no chão e, claro, a preocupação de estar sempre melhorando. Não gosto dos textos que redigi e publiquei em abril de 2011, quando este blog teve início, mas jamais negaria a satisfação de constatar a evolução que desempenhei de lá até agora.
Posso criar frases do tamanho de parágrafos ou usar em excesso vírgulas, parênteses, hifens, inversões de sentenças ou quaisquer outros vícios de linguagem; mas enquanto eu ainda tiver a capacidade de identificá-los e a intenção, mesmo que preguiçosa, de tentar superá-los, escrever por aqui será um prazer - assim como ter a participação de quem quer que se interesse pelo que publico por aqui.
Sejam, portanto, bem-vindos!
Eduardo Monteiro
