
Em seus 79 de vida, Elizabeth Taylor se casou nada menos que oito vezes - duas delas com o ator Richard Burton, com quem veio a contracenar em diversos filmes. O conturbado período em que o casal tentou sustentar a relação é a base de Liz & Dick, telefilme que traz Lindsay Lohan e Grant Bowler nos papéis principais.
Negligente na representação da passagem do tempo, o filme tenta representar a turbulência na relação de Taylor (Lindasy Lohan) e Burton (Grant Bowler) através de brigas sempre repentinas e normalmente despropositadas - e ao menos as cenas em que o casal demonstra consciência sobre esse comportamento e consegue superar os desentendimentos funcionam bem. Entretanto, o desgaste da relação não é bem construído, necessitando até mesmo de intervenções de versões de Elizabeth e Richard afastadas daquela realidade, que oferecem para o público reflexões sobre passagens específicas da história.
O chamariz do filme, porém, é a participação de Lindsay Lohan no papel de uma figura tão icônica do cinema: voltando a trabalhar após sucessivas e polêmicas passagens pela reabilitação e pela polícia, a atriz (cujo rosto parece envelhecido demais para os 26 anos que possui) não deixa transparecer possíveis problemas dos períodos de filmagem e se esforça para transformar o recorte da vida e carreira de Elizabeth Taylor em algo interessante. Naturalmente, a escalação de uma atriz famosa por suas polêmicas não é acidental - e, querendo ou não, Lindsay projeta parte de sua experiência pessoal na composição da personagem, o que transforma a produção em uma obra ao menos curiosa. Se Lohan conseguirá vencer seus demônios e se tornar uma grande atriz como Liz, é algo que só saberemos nos próximos capítulos.

Liz & Dick, EUA, 2012 | Escrito por Christopher Monger | Dirigido por Lloyd Kramer | Com Lindsay Lohan, Grant Bowler, Theresa Russell, David Hunt, Bruce Nozick, Tanya Franks, Andy Hirsch, Charles Shaughnessy, David Eigenberg e Creed Bratton.
Negligente na representação da passagem do tempo, o filme tenta representar a turbulência na relação de Taylor (Lindasy Lohan) e Burton (Grant Bowler) através de brigas sempre repentinas e normalmente despropositadas - e ao menos as cenas em que o casal demonstra consciência sobre esse comportamento e consegue superar os desentendimentos funcionam bem. Entretanto, o desgaste da relação não é bem construído, necessitando até mesmo de intervenções de versões de Elizabeth e Richard afastadas daquela realidade, que oferecem para o público reflexões sobre passagens específicas da história.
O chamariz do filme, porém, é a participação de Lindsay Lohan no papel de uma figura tão icônica do cinema: voltando a trabalhar após sucessivas e polêmicas passagens pela reabilitação e pela polícia, a atriz (cujo rosto parece envelhecido demais para os 26 anos que possui) não deixa transparecer possíveis problemas dos períodos de filmagem e se esforça para transformar o recorte da vida e carreira de Elizabeth Taylor em algo interessante. Naturalmente, a escalação de uma atriz famosa por suas polêmicas não é acidental - e, querendo ou não, Lindsay projeta parte de sua experiência pessoal na composição da personagem, o que transforma a produção em uma obra ao menos curiosa. Se Lohan conseguirá vencer seus demônios e se tornar uma grande atriz como Liz, é algo que só saberemos nos próximos capítulos.


Liz & Dick, EUA, 2012 | Escrito por Christopher Monger | Dirigido por Lloyd Kramer | Com Lindsay Lohan, Grant Bowler, Theresa Russell, David Hunt, Bruce Nozick, Tanya Franks, Andy Hirsch, Charles Shaughnessy, David Eigenberg e Creed Bratton.